MULTIVERSO MAKER

Fomentando soluções diante do caos

Uma das grandes surpresas desse Oscar foram as 11 indicações recebidas pelo filme “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo”. Mas o que levou esse filme pouco divulgado, com um elenco praticamente B e com um baixo custo frente aos demais filmes de Hollywood ser tão incrível aos olhos da academia e também da crítica?! Nós da Cia Makers indicamos uma resposta: O mindset maker – fomentando soluções diante do caos.

A partir deste primeiro artigo nós makers identificamos literalmente um multiverso de temas que o filme contém, analisando a trama diante deste e outros temas tão importantes para sua jornada profissional e de sua empresa como: saúde mental, hackathon, design thinking, relações humanas, storytelling e diversidade.

Então, vamos aos combinados:

Se assistiu ao filme, este artigo vai facilitar na identificação de como o filme está mais próximo de nossa realidade mais do que você possa imaginar;

Se não o assistiu, SPOILERS serão dados… mas as referências fornecidas não prejudicam o convite que fazemos aqui para que você assistir.

Bom… agora podemos começar!

Não é novidade para ninguém que nossa realidade é um pleno CAOS, ela por si só já é o multiverso, logo, nós somos a própria personagem. Nós estamos no centro da trama mesmo que não fique óbvio. Vivemos no mundo BANI (Brittle “Frágil”, Anxious “Ansiedade”, “Nonlinear” Não-linearidade e “Incomprehensible” Incompreensível – abordado melhor em nosso artigo anterior ERROS EMPRESARIAIS – Passo a passo para evitá-los). Assim também vive Evelyn Quan Wang (personagem interpretada por Michelle Yeoh).

Evelyn é uma imigrante chinesa e está sobrecarregada, sentindo estar vivendo de forma automatizada dentro de um looping de problemas. Filha de um senhor chinês conservador, esposa de um marido “aparentemente” covarde, mãe de uma jovem que tem que assumir o relacionamento gay à família e empreendedora que ainda enfrenta problemas fiscais de sua lavanderia com a receita federal. Perdida no espaço-tempo a personagem sobrevive diante dos diversos papéis sociais que o mundo BANI a impõe até que sua jornada de heroína começa com a abertura de uma fenda temporal no dia da visita à auditora no prédio da receita federal.

"Calma maker... é muito B.O junto, mas onde até agora, encontra-se a genialidade do filme?!"

Encontra-se tanto nos bastidores quanto na trama e dividimos em 3 partes:

1. MINDSET MAKER

2.  ENSINA O QUE FAZ E FAZ O QUE ENSINA

 3. LIFE LONG LEARNING.

MINDSET MAKER

Olhando pela perspectiva dos bastidores

Os diretores do filme conhecidos na indústria como The Daniels: Daniel Kwan e Daniel Scheinert (os Daniéis – abrasileirando pronúncia), em coprodução com a produtora A24, mais uma vez ousaram a entregar algo inovador. Trabalharam o conceito de Multiverso, tão presente nas telona dos cinemas vide exemplos da animação Rick and Morty e dos blockbusters do Doutor Estranho no MCU, de forma ainda mais imersiva e sobretudo: fazendo mais do mesmo.

 

Aqui encontramos presentes todos os pilares de nosso manifesto maker no filme:

  • EMPATIA: apenas se imaginar no lugar do outro não vai te fazer sentir, vai lá e viva.

O filme aborda de maneira profunda o niilismo e a depressão trabalhando uma visão empática e lúdica ✅;

  • SER INQUIETO / QUESTIONAR: as escolhas são suas, questione as questões, vai lá e decida.

Por que o conceito do multiverso precisa ser trabalhado com base nos filmes da Marvel? Isso foi questionado e decidido por fazer diferente ✅;

  • ADAPTABILIDADE: o melhor lugar é sempre a zona de desconforto, vai lá e se adapte.

Mesmo categorizado como filme “B”, fora dos holofotes e com baixo orçamento, os Daniels não se intimidaram e tomaram a decisão de fazer algo novo✅;

  • LIBERDADE: a maior prisão é a sua mente, vai lá e experimente ser livre.

A fuga dos holofotes, coragem, criatividade e confiança deram aos diretores liberdade para ousar em tudo sem medo ✅;

  • CULTURA & DIVERSIDADE: Pessoas diversas fazem mais e diferente, vai lá e diversifique.

É preciso falar da diversidade e os tabus sociais enfrentados nas famílias e nas empresas, eles fizeram ✅;

  • CRIATIVIDADE & INOVAÇÃO: Tudo que hoje é visível, um dia foi invisível, vai lá e crie. O que te trouxe até aqui, não necessariamente te leva até ali, vai lá e inove ; 

  Com dois diretores inovadores, uma equipe de produção multidisciplinar e engajada, mesmo que menor diante uma mega produção, o filme superou as expectativas ✅;

  • CRIATIVIDADE & INOVAÇÃO: Tudo que hoje é visível, um dia foi invisível, vai lá e crie. O que te trouxe até aqui, não necessariamente te leva até ali, vai lá e inove ; 

  Com dois diretores inovadores, uma equipe de produção multidisciplinar e engajada, mesmo que menor diante uma mega produção, o filme superou as expectativas ✅;

  • AÇÃO/FAZER: Pensar e planejar é fundamental, mas, vai lá e faça

A boa utilização de recursos audiovisuais como: mudanças de enquadramento de tela, filtros e outros elementos audiovisuais a cada mudança de realidade ressignificou o que conhecemos hoje sobre filmes de multiverso ✅;

  • SER & ACREDITAR/FÉ: Antes de ter e fazer é preciso ser, vai lá e seja, porém não seja guiado somente por aquilo que vê, e sim por aquilo que verdadeiramente acredita, vai lá e acredite ✅;

Mesmo diante de todos os desafios financeiros para bancar uma grande ideia, acreditaram no propósito do filme;

  • CONHECIMENTO / COLABORAÇÃO & PESSOAS HCD: A verdadeira sabedoria está nas multidões, vai lá e colabore. Antes de qualquer coisa somos pessoas, vai lá e seja humano ;

Confiaram nas habilidades individuais, da equipe e convergiram grandes ideias diante toda produção✅;

  • SONHO: Você passa a viver sua verdadeira realidade quando você vive seus sonhos, vai lá e sonhe.

A indicação à 11 estatuetas sela aos diretores, a produtora A24 e aos atores um expressivo reconhecimento✅.

ENSINA O QUE FAZ E FAZ O QUE ENSINA

Assistindo ao filme identificamos temas e abordagens inovativas e ficamos encantados como elas conseguiram convergir o caos de informações e metalinguagens de forma estruturada, se assim podemos chamar de “caos estruturado”:

DESIGN THINKING

  Sentimos o valor da empatia na personagem; é nítido ao assistir ao filme que houve colaboração em convergir grande parte das ideias aparentemente desconexas, mas que são conectadas e seguem bem amarradas no roteiro; sabemos que para chegar nesse nível de excelência, na busca de fazer algo diferente, que sim houve prototipação de cenas, de roteiro e até de um mvp. Antes de “Tudo ao mesmo tempo em todo Lugar”, os Daniels dirigiram o filme “Um Cadáver Para Sobreviver” também com uma proposta diferente da que estamos acostumados a consumir. Fica aí o convite para conhecer; 

STORYTELLING

A narrativa por estar muito bem estruturada prende o telespectador na trama, onde a técnica está amarrada ao propósito do filme, pois o importante não estava no destino, mas em toda jornada da personagem;

 

SCRUM

O filme é divido em 3 atos, que podemos entender como sprints: 1ª Tudo, 2ª Ao mesmo tempo e 3ª Em todo lugar. O que facilita a entrega da proposta do filme por partes. As dailys e reviews acontecem ao longo das sprints por meio dos diálogos-chaves entre os personagens;

VISUAL THINKING

Recursos técnicos cinematográficos para transmitir sensorialmente a ideia do multiverso como a divisão da cena em pedaços, enquadramentos detela dinâmicos, coloração e intensidade dos filtros das câmeras, figurino e ambientação deixam ainda mais claro o conceito de multiverso;

CX

Falem bem ou falem mal, mas falem do filme. Se falam bem é pela genialidade em todos os aspectos, cá estamos nós neste artigo. Se falam mal é por ser tão diferente que fica difícil argumentar. Houve a entrega de uma experiência além do esperado para um filme fora dos holofotes da crítica. Todos falam do filme, tanto que até quem não viu/ouviu agora tem o interesse de assistir. 

LIFE LONG LEARNING

Agora vamos olhar pela perspectiva da trama.

Assustada com as diversas possibilidades do multiverso, apresentadas pela versão corajosa de seu marido Waymond Wang do multiverso outro (por Ke Huy Quan) dentro do elevador da receita federal, Evelyn é acoplada a um dispositivo que a permite realizar o jumpverse e baixar habilidades de outras Evelyns, como por exemplo ter uma mega força no dedinho e lutar kung-fu.

Inicialmente Evelyn é resistente ao dispositivo, pois necessita de aprender a usá-lo e a compreender que precisa aprender rapidamente para se proteger dos soldados multiversais à mando de Jobu Tupaki, a vilã, que também é sua filha (por Stephanie Hsu).

Por acaso você aí tem um jumpverse para carregar quando quiser habilidades novas no seu trabalho?!

Assim como a Evelyn, você também carrega uma certa resistência em aprender continuamente novas habilidades, mesmo sabendo que elas são necessárias agora.

Segundo estudo do Fórum Econômico Mundial, existem 15 habilidades do profissional do futuro:

Fonte: https://www.weforum.org/ acesse a matéria: https://www.gupy.io/blog-do-emprego/habilidades-do-futuro

Algumas destas também são mencionadas em nossa série no Youtube – Adaptabilidade Proativa.

Claro que não estamos orientando que você tenha todas essas habilidades, se conseguir magnífico, mas o ponto onde queremos o fazer refletir é que a busca pelo conhecimento não é no futuro, mas sim agora para que consigamos sobreviver nesse Mundo BANI. Ter a prática do Life Long Learning (Aprendizagem contínua) transformará os conhecimentos adquiridos em armas a nosso favor na luta diária contra os agentes do Mundo BANI. Quanto mais conhecimentos adquirirmos, mais repertório teremos e mais sentiremos a necessidade de sermos criativos. Farão toda diferença na conquista de um novo cargo ou na resolução de problemas com mais agilidade no dia-a-dia, assim como fez Evelyn em sua jornada.

Enquanto isso, Jubo Tupaki, também sua filha, é a força maior desse multiverso. Ela prova o sentimento de vazio existencial (visão niilista – depressiva), em que pretende convencer Evelyn a colocar um fim ao multiverso juntas. Segundo ela: “não há razão de existir se existir no final é nada, é morte”. Visão cética que desperta Evelyn, já munida de diversas habilidades e autoconhecimento, ao seu propósito de: não apenas vencer Jubo Tupaki, mas transformar todas as realidades e pessoas por meio da gentileza.

"Eita makers, mas do nada a palavra gentileza apareceu na conversa?! Tem como explicar melhor?!"

Vamos lá… a gentileza no filme foi abordada de maneira metafórica, como se fosse o caminho de recuperação para uma pessoa com tendências depressivas

e consecutivamente suicidas. Traduzindo para o contexto do mindset maker podemos compreender como: a escuta e prática ativa da empatia, compartilhar e cocriar seus conhecimentos, inspirar pessoas por meio do seu propósito facilitando encontrar o propósito delas e o respeito à diversidade.

"Makers, como vocês encontraram tantos pontos de convergência?!"

A resposta é uma só: PROPÓSITO.

Seja produzindo mais e melhor com menos como os The Daniels e a A24 fizeram na produção do filme, seja transformando realidades como feito pela nossa personagem Evelyn, nós da Cia Makers queremos transformar o mundo por meio da Educação. O propósito é o provedor de mudanças, há propósito no que fazemos.

E assim como é citado no filme: “O importante não é o destino, mas a jornada durante ele. Há imensidão no vazio e só há valor quando fazemos juntos.”

Nós da CIA Makers – A sua Escola de Inovação não somos um jumpverse, mas temos nosso próprio multiverso de conteúdos pela liberdade que as pessoas têm de imaginar e criar.

Que tal juntos transformarmos realidades?!

Conta pra gente, o que você achou deste artigo? Queremos saber sua opinião.

Tudo em todo lugar ao mesmo tempo (A24, 2022) está disponível no streaming Prime Video. Fique ligado em nosso próximo tema onde abordamos o tema saúde mental: Jumpverse Emocional – multiplicando gentilezas para uma gestão mais humana.

Por: Masilvia Diniz

CRP 06-89266, Docente, pesquisadora, palestrante, escritora, consultora de Saúde Mental na Cia Makers, Storyteller e apaixonada por pessoas.

Por: Victor Leal 

Publicitário, empreendedor e mentor de jovens. Consultor de Inovação e Head Educacional pela Cia Makers – Escola de Inovação.

Co- produtora : Emily Oliveira

Gestora de Recursos Humanos, Design Thinker, palestrante, mentora de jovens líderes,  social media, Trainee em comunicação da Cia Makers – Escola de Inovação.  

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